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Armazenamento e Comercialização de Milho

Durante a safra, o produtor pode sofrer com intemperes climáticas, ataques de pragas, doenças, deficiências nutricionais etc, mas tudo isso pode ser minimizado e até evitado com o planejamento e armazenamento adequado do milho.

Quando falamos de armazenamento e comercialização do milho não é diferente, pois caso seja malconduzida, pode gerar prejuízos.

Após atravessar todos esses eventos, o produtor não pode se descuidar de um dos momentos mais importantes: a pós-colheita do milho.

Garantir a qualidade da produtividade alcançada á campo neste período é fundamental, para que o produtor possa garantir maior margem de lucro.

No mesmo sentido, o momento da comercialização dos grãos produzidos também tem um importante papel nos lucros que podem ser alcançados pelo produtor.

Neste texto iremos abordar quando devemos optar por armazenar, quais os cuidados com o milho produzido e suas implicações na comercialização.

Armazenamento

Todo e qualquer produto que desejamos armazenar por certo período está sujeito a modificações causadas por fatores externos.

Garantir um bom armazenamento do milho colhido significa preservar o investimento e cuidados feitos na lavoura durante todo o ciclo da cultura.

Isso porque as perdas no armazenamento giram entorno de 15 a 20% do volume armazenado, podendo chegar uma média de 30% a nível mundial.

O armazenamento é um recurso muito interessante, com isso o produtor não sofre com a queda de preços no período de colheita.

Mas antes de qualquer coisa, é importante ter consciência que, mesmo com o baixo teor de umidade e seu ciclo de vida temporariamente parado, os grãos ainda são organismos vivos.

Sendo extremamente importante ter cuidados desde a colheita, já que todos os acontecimentos que o procedem podem influenciar no armazenamento.

A umidade dos grãos a serem armazenados sempre é muito abordada, pois é um ponto muito importante.

Manter a umidade em níveis adequados é fundamental para retardar a deterioração dos grãos e ajudar a controlar os demais pontos prejudiciais.

A umidade da massa de grãos varia com o tempo em que se deseja armazenar, 11% para até 1 ano e de 9 a 10% para períodos maiores.

Outros pontos que também são importantes e devem ser observados no momento da colheita e durante todo o período de armazenamento são:

  • Temperatura inadequada durante o armazenamento;
  • Danos mecânicos;
  • Impurezas;
  • Variação no teor de umidade da massa de grãos;
  • Secagem incorreta;
  • Circulação de ar ineficiente no armazenamento.

Geralmente ocorrem alterações na temperatura e no volume armazenado porque os grãos apresentam umidade acima do indicado.

Isso faz com que o processo de deterioração seja acelerado. Para seu controle é necessário um ambiente com boa ventilação.

Além disso, os danos mecânicos podem ser maiores em grãos que apresentem umidades elevadas.

Com isso, realizar uma secagem correta e homogenia é o primeiro passo para um armazenamento de qualidade.

A variação da umidade pode ocorrer quando se mistura híbridos diferentes e até mesmo com grãos colhidos em dias diferentes.

Mas para atuar efetivamente sobre os problemas que podem ocorrer na armazenagem, devemos reconhecer sinais que possam aparecer na massa de grãos.

O ataque fúngico é comum, principalmente em grãos úmidos, então se observar aspecto de mofo, e até mesmo fermentação, é necessário verificar as condições dos grãos.

Insetos são um dos principais fatores que podem prejudicar os grãos nessa fase, pois além de consumirem os grãos, causam danos mecânicos diretos.

Imagem 1 - Gorgulho, uma das pragas que acometem o milho

O gorgulho, também chamado de caruncho de grãos (Sitophilus spp.), é uma das principais pragas que acometem o milho.

A infestação começa ainda no campo, onde os grãos infestados com ovo são armazenados e todas as fases deste inseto prejudicam a massa de grãos.

Imagem 2 - Broca dos cereais, uma das pragas que acometem o milho

A broca dos cereais (Prostephanus truncatus), inicia o ataque ainda no campo e é favorecida pela presença de espiga.

Os ataquem são tão severos que a colheita com espiga e palhada não é mais incentivada, pois é de difícil controle nesta situação.

Imagem 3 - Besouro de cereais, uma das pragas que acometem o milho

O besouro de cereais (Rhyzopertha dominica) perfura os grãos e pode consumir o peso equivalente ao seu corpo em milho.

O ataque pode ser reconhecido pela presença de poeira na massa de grãos, mas esse aspecto também pode indicar que a infestação está alta.

Imagem 4 - Traça dos cereais, uma das pragas que acometem o milho

A traça dos cereais (Sitotroga cerealella) também é favorecida pela presença de espigas.

Mas não é o inseto adulto que prejudica diretamente os grãos, são as larvas, que geralmente penetram no grão ainda no campo.

Imagem 5 - Besouro castanho

O besouro castanho (Tribolium spp.) ataca, principalmente, grãos armazenados em condições de umidade elevada e maior temperatura.

Tanto o adulto como as larvas se alimentam do gérmen e do endosperma do milho.

Imagem 6 - Traça da Farinha, uma das pragas que acometem o milho

A traça da farinha (Ephestia spp.) é um inseto que se alimenta externamente os grãos de milho.

O principal prejuízo é causado pelas larvas que expelem fios de seda, além de fezes, películas e cascas de ovos.

Imagem 7 - Cupim

Térmitas ou cupins (Macrotermes sp.) são insetos que podem causar sérios danos, não apenas aos grãos, mas também a estrutura da armazenagem.

Extremamente importante monitorar a ocorrência destes insetos, pois em casos graves podem fazer a estrutura desabar.

Com isso, recomenda-se a utilização do MIP, ou seja, manejo integrado de pragas, este sistema utiliza todas as ferramentas disponíveis para controle das pragas.

O controle das pragas deve iniciar ainda com o milho no campo, realizando uma limpeza da instalação e controle de roedores e insetos.

Após o início do período de armazenamento deve-se monitorar o ambiente para que possa se controlar logo no início qualquer infestação.

Para isso, sempre contate um engenheiro agrônomo para receber as melhores orientações sobre o controle de insetos do campo ao silo.

Quando Armazenar

A opção por armazenar é uma questão particular do produtor, e esta decisão pode ser tomada analisando o mercado.

Após o início da colheita o preço do milho geralmente diminui, em função da maior oferta do produto.

Com isso, ao optar por armazenar o milho, ocorre o ciclo natural de redução dos preços com posterior aumento, e venda em período de melhor margem de lucro.

Este ciclo pode durar períodos distintos em diferentes regiões do Brasil, mas o princípio é sempre o mesmo.

Outro ponto que o produtor deve avaliar é a qualidade das instalações para o armazenamento dos grãos de milho, isso é fundamental para o sucesso da armazenagem.

Considerações finais

O armazenamento de grãos de milho é uma ótima atividade, mas existem vários pontos que devem ser observados.

De maneira geral, realizar o básico de maneira correta, resultará em ótimos resultados, como uma secagem adequada, limpeza e monitoramento de insetos e ataque fúngico.

Tomando estes pequenos cuidados antes e durante o processo, é pequena a probabilidade de surgirem surpresas na armazenagem.

Assim o produtor pode aproveitar o máximo lucro que a atividade pode proporcionar, principalmente em tempos de aumento nos custos de produção.

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