Tratamento de sementes em milho segunda safra – o quão importante essa atividade é?
Nos últimos anos a cultura do milho saiu do patamar de “Safrinha” para a estabilizada “Segunda Safra”. A necessidade deste produto vem aumentando nacionalmente cada vez mais.
Na agricultura, gradativamente temos aprendido atender o manejo necessário que a cultura exige assim como um dia fora feito com o Soja.
Com a boa valorização do grão, precisamos aumentar nossa produtividade com a mesma quantidade de terra que temos, portanto, estamos vivendo mais um desafio na Agricultura do Brasil!
A necessidade de alcançar elevados patamares de produtividade tem levado a uma crescente preocupação com a adubação das culturas, principalmente à base de micronutrientes.
A sensibilidade à deficiência de micronutrientes varia conforme a espécie de planta.
O milho possui alta sensibilidade a deficiência de zinco, média a de cobre ferro e manganês e baixa à de boro e molibdênio.
No Brasil, em suma o zinco é o micronutriente mais limitante à produção do milho, sendo a sua deficiência muito comum na região central do país.
Tratamento de sementes – Uma ajuda extra
Frequentemente, no momento inicial do plantio, uma decisão importantíssima a ser analisada é o tratamento de semente nutricional para o arranque da plântula.
Assim, o uso adequado de um tratamento de semente a base de Zinco, traz mais estabilidade para o desenvolvimento de raízes e radículas para o aumento da absorção de nutrientes do solo.
Como o milho tem raízes fasciculadas, não há uma raiz principal para estruturação e absorção de nutrientes.
Sendo assim quanto maior o estímulo do desenvolvimento das radicelas, mais nutrida a planta se mantém, consequentemente, maior a produtividade.
Por outro lado com relação aos métodos de aplicação, os micronutrientes podem ser aplicados no solo de três formas:
- na parte aérea das plantas através da adubação foliar;
- nas sementes, com TS (tratamento de sementes);
- e através da fertirrigação.
Em experimentos comparando métodos de aplicação de zinco em milho na Embrapa Cerrados, há maior eficiência da aplicação do sulfato de zinco a lanço incorporado ao solo.
Em seguida temos a pulverização foliar, porém a aplicação nas sementes, em doses menores também mostrou-se eficiente na produção de grãos.

Nesse sentido, o zinco é um cofator nas reações enzimáticas, ou seja, participa de diversos ciclos bioquímicos das plantas, incluindo:
- Fotossíntese e formação de açúcares,
- Síntese de proteínas,
- Fertilidade e produção de sementes,
- Regulagem do crescimento e defesa contra doenças.
Dessa forma essas enzimas e hormônios têm papéis fundamentais em diversos ciclos bioquímicos das plantas.
Podemos citar:
- o metabolismo de carboidratos:
- durante a fotossíntese e na conversão de açúcares em amido,
- no metabolismo de proteínas e de auxina (regulador de crescimento),
- na formação de pólen,
- na manutenção da integridade de membranas biológicas
- na resistência às infecções por agentes patogênicos.
Lembrando ainda que o zinco também participa do metabolismo do nitrogênio, sendo extremamente essencial à planta.
CONCLUSÃO
Em conclusão o milho é muito responsivo a tratamentos nutricionais, desde o tratamento de semente à adubação no solo.
Portanto se entendermos a necessidade nutricional de cada cultura, o posicionamento correto do nutriente em cada momento específico conseguiremos a resposta em produtividade na lavoura.
Por fim, sempre consultando o Engenheiro Agrônomo qualificado para cada situação, podemos sim, alcançar nossos desafios de produtividades nas nossas lavouras.
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Matéria por: Mariane Ferrarezi