Ferrugem Asiática da Soja – Principais características e formas de controle
Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, ano após ano os produtores rurais sofrem com o ataque dessa doença.
A ferrugem asiática ataca a soja no Brasil, desde 2001. Após sua identificação, foram constatados casos em vários municípios e estados, e atualmente ela está presente na maioria das regiões produtivas do país.
De acordo com o Consórcio Antiferrugem, essa doença tem um custo médio de US$ 2,8 bilhões por safra no Brasil.
No site do consórcio você produtor pode acompanhar os focos de ferrugem em todo território nacional, com o mapa de dispersão, números registrados e informações técnicas.
Mas você sabe como identificar a ferrugem?
O fungo que causa a ferrugem é disseminado de várias formas, sendo pelo vento a principal. Seus esporos ‘pousam’ nas folhas de soja, e, com condições favoráveis, ele infecta a planta.
As condições favoráveis que nos referimos são:
- Disponibilidade hídrica na folha (as chuvas em resumo favorecem muito a infecção dessa doença);
- Temperaturas entre 15 e 25°C;
Além desse fator ambiental, do mesmo modo, existem outros dois fatores que influenciam e contribuem para a infecção das plantas pelo fungo Phakopsora pachyrhizi:
- Hospedeiro suscetível: Em suma são plantas de soja que não são resistentes à ferrugem;
- Presença do vírus no ambiente: Presença de esporos na área, tanto por disseminação através do vento, água e equipamentos, sobretudo por presença de plantas hospedeiras.
Logo após alguns dias que o fungo entra na planta, suas folhas começam ter pequenos pontos que podem variar de verde a cinza, na sua face superior.
Já na parte inferior, os pontos posteriormente, aparecem na cor marrom, em forma de pústulas, onde são formados os esporos que vão infectar novas plantas.
A Imagem acima representa os sintomas que a planta desenvolve em cada fase da doença:
Fase 1- Os primeiros sintomas surgem geralmente na floração, ou seja, no início do estádio reprodutivo.
Fase 2- Em seguida ocorre o aumento da severidade da doença, quando as plantas fecham a entrelinha e ocorre a formação do microclima no baixeiro, tornando um ambiente mais úmido e favorável ao avanço da contaminação.
Fase 3- Aqui ocorre o enchimento de grãos, que é uma fase que a planta necessita de muita energia. Com o avanço da doença pode ocorrer desfolha precoce, impedindo que a planta faça fotossíntese corretamente, afetando assim na produtividade.
E como deve-se realizar o controle?
O controle dessa doença não se inicia quando for constatado seu aparecimento, e sim muito antes.
Primeiramente realizar um vazio sanitário na lavoura, ou seja, 60 a 90 dias sem o plantio de soja, e eliminando todas as plantas voluntárias. Cada estado do país adota um período, com data de início e fim. Fique atento ao do seu estado!
Ao mesmo tempo, utilizar variedades precoces e resistentes contribui para evitar a infestação da doença. As variedades resistentes não são imunes à ferrugem, contudo, a doença evolui lentamente nessas plantas, facilitando seu controle com fungicidas.
Assim, monitorar a lavoura e os focos de ferrugem também é uma forma de controle. Além de contribuir para escolher o momento ideal de controle, o monitoramento tanto da safra atual quanto de safras passadas contribui para se ter um maior cuidado com áreas suscetíveis.
Para isso, sistemas de gestão como o Plantae Gestão Agrícola sem dúvida, ajudam o produtor rural nesse monitoramento, podendo acessar dados de safras passadas de onde estiver, sem ter que utilizar planilhas, podendo das adeus à papelada.
Além disso, após a constatação da infecção, a aplicação de fungicidas se faz necessária. No mercado, atualmente, existem produtos voltados para a necessidade do produtor, podendo variar sua eficiência de região para região, se adequando ao controle que realmente se precisa.
Conclusão
Por fim, nesta matéria vimos quando a doença surgiu no Brasil e dados sobre o custo de controle da ferrugem por safra.
Vimos ainda como identificar a doença em sua lavoura, pontuando assim os sintomas que as plantas sofrerão a cada fase que a doença avança.
Apesar de ser uma doença que preocupa muito o produtor, como vimos, várias formas de controle e prevenção estão disponíveis no mercado.
Esperamos que esse texto tenha te ajudado a tirar suas dúvidas, e te esclarecido algumas questões.
Restou algo que gostaria de saber? Deixe seu comentário!
Compartilhe essa matéria com quem possa se interessar, conhecimento é tudo!