De que forma esse fenômeno afeta a agricultura, e como superá-lo.
Como sabemos, o fenômeno La Niña afeta diretamente o clima em nosso país.
Oposto ao El Niño, o La Niña está ligado ao resfriamento das temperaturas das águas do Oceano Pacífico.
Suas últimas ocorrências no Brasil, segundo o CPTEC/INPE foram nos anos de 2010 – 2011 e 2017 – 2018.
As projeções para este ano de 2020 começaram dizendo que esse fenômeno teria intensidade fraca.
Entretanto, levando em consideração seu avanço neste final de ano, as estatísticas mostram que sua intensidade será de moderada a forte, podendo estar presente até abril de 2021.
Em que o La Niña afeta o Agronegócio?
Esse fenômeno leva chuvas em maior quantidade na região Amazônica, Norte, Nordeste e Matopiba.
Na região Centro-oeste ele atrasa as precipitações, já na região Sul, principalmente o Rio Grande do Sul, a estiagem acontece de forma muito forte.
No centro oeste, nos meses de outubro – fevereiro ocorre em grande escala a safra de soja.
Neste ano houve um atraso grande no início das chuvas, o que irá atrasar a safra, e consequentemente o plantio de milho safrinha.
Mesmo no início das chuvas, em muitas regiões, houveram precipitações com poucos milímetros, ou com muitos dias de espaçamento entre elas, causando replantio, e atraso no ciclo produtivo.
No sul do país nos meses de novembro – março também ocorre em grande escala a safra de soja. Além disso, ocorrem também as safras de trigo, arroz e milho 1° safra.
A estiagem prejudica todas essas culturas, afetando diretamente na economia dos estados, e principalmente dos produtores rurais.
Há ainda atividades que dependem desses produtos, como é o caso da produção de leite, que depende do milho para alimentação dos animais.
Como superar?
Como é de costume, pois são fenômenos corriqueiros em nosso país, o produtor rural deve ficar atento às previsões feitas.
Levar em consideração o clima atual e a probabilidade futura ajuda muito no planejamento agrícola.
Seguir as recomendações dos órgãos responsáveis também é de grande ajuda ao setor, seguindo o zoneamento agrícola.