Com o início de mais uma colheita se aproximando os produtores devem ficar atentos às perdas que podem ocorrer antes, durante e após a colheita.
Analisar todas as possíveis perdas é o primeiro passo para preveni-las.
A porcentagem de perdas varia de produtor pra produtor, sendo que vários fatores influenciam esses números.
O milho é a principal cultura a ser plantada na safrinha que acontece após a colheita da soja, principalmente no centro-oeste do Brasil.
A safrinha hoje representa um incremento econômico considerável, sendo que na safra 19/20 o país deve alcançar cerca de 70 milhões de toneladas produzidas.
Todo esse volume depende muito de uma safra bem realizada.
Antigamente, o investimento para plantio de milho safrinha não era alto, deixando assim de produzir mais.
Com o passar dos anos, o valor pago pelo cereal aumentou, alavancando assim o plantio e a introdução de mais tecnologia em sua produção.
Onde estão as principais perdas?
Na pré colheita:
O principal fator de perdas se refere ao ambiente.
Embora não seja comum, nas últimas safras antes e durante a colheita do milho safrinha ocorreram chuvas esporádicas.
Esse tipo de situação ambiental resultou no aumento da umidade, e acabou gerando uma colheita com grãos ardidos.
A alta umidade também influencia no aparecimento de doenças por conta do ambiente favorável.
Acamamento, chuva de mais, seca de mais, tudo isso se enquadra nas perdas pré colheita.
Esses tipos de perdas, se não forem previstos antecipadamente, podem gerar surpresas lá na frente.
Durante a colheita:
Uma das principais perdas é ocasionada por colheitadeiras mal reguladas.
Ter a certeza que sua máquina está regulada corretamente para a cultura do milho, e para o tipo de planta que você escolheu cultivar é um passo a mais na direção da lucratividade.
A velocidade da colheitadeira também é uma questão muito discutida.
Normalmente velocidades de 4 a 6 km/h são as mais recomendadas, tendo em vista que isso irá influenciar tanto na perda de grãos quanto na qualidade dos mesmos.
Após a colheita:
Após a colheita existem duas ocasiões que podem acarretar perdas: O transporte e a armazenagem.
Assim como qualquer outro grão, o transporte do milho safrinha deve ser feito de forma segura, com veículos de confiança que respondam às recomendações desejadas.
Se o transporte do grão for feito apenas dentro da propriedade (no caso de já haver armazém na fazenda) fica mais fácil de ter o controle da situação.
A armazenagem do grão deve seguir as recomendações do Ministério da Agricultura, contando sempre com recomendações também de um engenheiro agrônomo.
Em outras palavras, grãos armazenados de forma incorreta, como em lugares úmidos e sem ventilação podem sofrer avarias.
Danos físicos, apodrecimento, germinação, incidência de doenças, por exemplo, são situações onde o milho pode ter perca de seu valor.
É importante monitorar constantemente o local de armazenagem do milho, para que você fique atento às mudanças de temperatura e condições ambientais.
Dessa forma vamos deixar aqui algumas dicas valiosas para que você faça uma boa colheita:
- Treine os operadores de máquinas
- Fique atento ao clima, e esteja preparado para qualquer mudança
- Avalie todos os tipos de perdas que você pode ter
- Invista em tecnologia, ela irá te ajudar muito a aumentar sua lucratividade e diminuir as perdas
- Faça corretamente e antecipadamente a manutenção e regulagem das máquinas
- Faça a colheita na velocidade ideal, para evitar perdas
Portanto, se você seguir essas indicações certamente terá um melhor resultado na sua colheita.
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Boas orientações que deveriam ser colocadas em prática por todos os envolvidos: produtores, funcionários, transportadores e armazenadores.
Olá Luis Carlos. Realmente, se todos colocassem em prática haveria menos perdas e maior lucratividade para todos. É preciso conscientizar.
[…] Confira ainda nossa matéria: Perdas na colheita do milho – você sabe quais são as mais comuns? […]