Adubação para milho: Pontos importantes, leis que explicam a lucratividade máxima e qual a importância da adubação.
A sucessão de soja – milho apresenta atualmente o principal sistema de produção das principais áreas agrícolas do nosso país, sendo que o milho safrinha ocupa o primeiro lugar em produção em comparação com o milho primeira safra.
Antigamente o milho ‘de verão’ ocupava a principal posição de produção em nosso país, porém, nos dias de hoje o milho safrinha ganha cada vez mais destaque na produção, e cada vez mais busca-se melhorar sua produtividade, através de novas tecnologias e novos métodos de produção.
Um ponto importante nessas ‘inovações’ é um estudo mais aprofundado na produtividade através da adubação. As plantas, como nós, necessitam de nutrientes para se desenvolver. Existem 17 nutrientes que são essenciais para as plantas, dentre eles existem os macro e micronutrientes. Os macro são absorvidos em maior quantidade, enquanto os micro são exigidos em menor número.
A adubação do milho safrinha é baseada na extração e exportação de nutrientes, onde as maiores exigências de extração são de nitrogênio (N) e potássio (K), e de exportação são de N e fósforo (P), porém, em solos já corrigidos e equilibrados, não há resultado em acrescentar maior nível de nutrientes no solo.
Para a recomendação de adubação em milho safrinha leva-se em consideração alguns pontos:
- Produtividade desejada;
- Semente escolhida para plantio;
- Análise de solo;
- Época de plantio;
- Momento de aplicação de nutrientes.
Todos esses pontos devem ser colocados em prática para se obter a lucratividade máxima da exploração da lavoura. Ficou confuso? A gente te explica:
Às vezes quando se busca o máximo rendimento vamos na direção contrária da máxima rentabilidade. Na fertilidade do solo temos leis, que explicam melhor essa situação:
- Lei do mínimo: a falta de um nutriente essencial para o desenvolvimento da planta, seja ele macro ou micronutriente é capaz de limitar o desenvolvimento e/ou produção da planta.

- Lei dos incrementos decrescentes: o aumento da produção com aplicação de fertilizantes e corretivos não é linear, ou seja, não é ‘quanto maior a adubação maior a produtividade’, tudo que é em excesso faz mal.

Seguindo essas leis a rentabilidade da propriedade será maior.
Para uma certeira adubação, primeiramente, é necessário realizar uma análise de solo. Essa é uma ação imprescindível para realizar a escolha correta dos nutrientes a serem usados, pois pode-se vincular a análise à produção almejada. Pela análise pode-se saber o teor de nutrientes no solo, avaliando quais estão em falta, podendo programar a adubação de forma correta.
Quando plantado e cultivado em solos corrigidos, o milho geralmente não necessita de adubação de macro e micronutrientes, exceto pelo nitrogênio. Porém, uma grande vantagem de se plantar milho logo após a colheita da soja é que essa oleaginosa sintetiza o N deixando-o disponível em maiores quantidades para a safrinha.
Mas por que é tão importante realizar a adubação?
Como qualquer outra planta, o milho necessita de nutrientes para seu desenvolvimento, tanto foliar, quanto do grão. Esses nutrientes desempenham papéis diferentes nas plantas, agindo em diferentes tipos de crescimento, desenvolvimento, e fases da planta. Separamos três dos principais nutrientes mais consumidos e exportados pelo milho, dá uma olhada:
Nitrogênio – está diretamente ligado à produção de biomassa e de grãos. A adubação nitrogenada pode ser feita parcelada, sendo que uma parte deve ser realizada logo na semeadura, e a outra parte em cobertura, antes da fase V5, para auxiliar na definição de fileiras e enchimento de grãos.
Potássio – É o segundo nutriente com maior quantidade nas plantas, e é responsável pela formação foliar sadia, crescimento radicular e rendimento. O milho absorve esse nutriente nas fases iniciais, até antes do florescimento, sendo assim, é recomendada a aplicação durante o plantio, e no máximo 30 dias após.
Fósforo – É o nutriente que as terras agrícolas brasileiras mais são deficientes. Os adubos fosfatados aplicados ao solo se tornam disponíveis para as plantas por um certo tempo, mas, logo as plantas não conseguem mais o absorver, fazendo assim com que o nível desse nutriente aplicado ao solo tenha que ser alto. A quantidade aplicada dependerá da análise de solo, e a forma de aplicação pode variar muito de produtor para produtor.
Além desses nutrientes citados, existem aqueles que a plantas extraem e exportam em menores quantidades (mas não são menos importantes), e que só será possível saber a sua real necessidade de adubação através da análise de solo.
Mantenha-as sempre em dia, e tenha sempre em mente que esse planejamento de adubação é essencial para que na colheita se obtenha bons resultados lucrativos.